Querem matar mais um símbolo de Portugal

Querem matar mais um símbolo de Portugal.

Começaram por fazer esquecer a História e retirá-la do currículo escolar reduzindo mais de nove séculos a uma história pronta-a-comer, sem substrato, sem proteínas, só a gordura que embota o pensamento.

Passaram à língua, reduzindo também aqui aquilo que permitiu a milhares de portugueses subsistir em todos os cantos do mundo. A pornografia deste pseudo-acordo ortográfico além de ser de lesa-pátria, é acima de tudo de lesa-espirito.

Fizeram uma breve mas cirúrgica e letal incursão nas datas que marcaram ao longo de séculos a nossa evolução, e retiraram os feriados mais marcantes.

Diariamente se submetem com uma tacanha e imbecil subserviência a outros que, um dia, se jogaram a nossos pés. E fazem-no por vergonha desses tempos.

Entraram agora nos símbolos nacionais.
Em defesa do colégio militar eu junto a minha à voz de todos os que não esquecem que mais vale morrer de pé, do que viver de joelhos, agrilhoados a um falso sentido de patriotismo e independência e que vêm no imediato e fugaz lucro pessoal a sua forma mais elevada de honra.


Diogo Trindade

Nota extra: Não sou nem fui aluno do colégio, mas sou um aluno de Portugal.





Ver também: TEXTO PUBLICADO PELO JOÃO PAULO BESSA (200/1957)

www.emdefesadocolegiomilitar.pt / https://www.facebook.com/aaacmpt

A Portuguesa

A Portuguesa
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar! 

 Música: Alfredo Keil
Letra: Henrique Lopes de Mendonça 

10 de Junho de 2013 - Dia de Portugal (em antecipação)

10 de Junho de 2013 - Dia de Portugal

Faz 870 anos que nasceu, de um plano muito bem gizado e estruturado, um pequeno país que se fez mundo.
Hoje, 870 anos depois, o 10 de Junho só tem significado se lembrarmos a história, sem vergonhas, sem tabus, sem medos.
Somos um país de reis, de cavaleiros, de religiões, de fronteiras e de guerras.
Somos um país de parcerias e descobertas, de riquezas e pobreza extremas.
Somos um país de inovação, de desafio, de procura.
Somos um país de escravos e esclavagistas, de colónias e colonizados.
Somos um país de tecnologia de ponta e material intergalatico.
Somos o único país com 18 regiões ricas em património natural, cultural e histórico, no mundo.
Somos, no melhor e no pior, os melhores, não tenhamos vergonha disso.

Disseram-me em tempos que parecia ser muito mais novo do que sou, pelo forma como escrevo e penso o que penso. Nunca percebi se era um elogio se uma crítica à minha real e assumida paixão por Portugal e pela sua defesa contra todos os vendidos e vendilhões.
Eu não vivo na história, mas por viver A história, proponho que mudemos o verbo quando nos referirmos a Portugal.
Vamos substituir o FOMOS por SOMOS, e somos tudo aquilo que sempre fomos e muito mais.
Somos um país que criou a História.
E um país com 870 anos só se verga por estupidez e ignorância de quem o governa em nome de tudo, menos do país.

Somos grandes, só temos de nos lembrar disso.
Bom dia de/para Portugal.

Diogo Trindade

A Chuva e o Sr. Ministro

Ver "Travis - Why Does It Always Rain On Me" no YouTube

" A Chuva e o Sr. Ministro"

Era uma vez um ministro, de seu nome Vitor Gaspar,
Que da chuva tinha medo, e não sabia orçamentar.
Pertencia a um governo, que se fartava de abusar,
austeridade, troika e défice, e o que mais conseguiam pensar.

Mas a culpa é da chuva! Diziam no seu tom parlamentar,
aos colegas de profissão que, quais pêgas, só queriam berlaitar.
Berlaitavam com o povo que, parece-me hoje, preferia ignorar,
E berlaitavam com os ricos, foi um tremendo abusar.

Mas um dia chegou, e esses dias sempre chegaram
Em que o ministro, as pegas e todos os que abusaram,
Foram levados na enxurrada.

Foi um dia magnífico, de chuva e trovões que ribombaram.
Um dia de bíblica renovação, como os textos anunciaram,
o dia em que acabou a berlaitada.

Diogo filho de José

Joaquim Jorge e o Clube dos Pensadores

Apresentação do livro "Pensamentos"

Foi ontem à noite a apresentação do novo livro de Joaquim Jorge, criador, mentor e impulsionador daquela que é,  à data, a mais aberta e livre plataforma de análise da cidadania e que dá pelo nome de Clube dos Pensadores.

Da noite de ontem há três referências que sinto serem necessárias perpetuar em escrita.

"Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.» 
(Mateus 22:21)

Porque temos o péssimo hábito de recordar efusiva e na maioria das vezes algo exageradamente a vida e obra de recém defuntos,  deixo aqui a minha homenagem a Joaquim Jorge, um ser vivo, vivente, e impulsionador e mentor da vida da nossa sociedade.
Um homem que dedica grande parte do seu tempo, família e cultura a promover o que muitos, da política à comunicação social, tentam manter abafada e em banho-maria, a cidadania e a real, informada e capaz interação governo-governados.
Um homem que criou a única plataforma de análise política interativa apartidária, independente e imparcial, e onde tanto os convidados como espectadores estão em plano de igualdade.
Um homem que promove a partilha de ideias de todas as atitudes políticas para que, no melhor método socrático, cada um possa escolher certo da sua escolha.
Demos por isso a César o que é de César, e ao Joaquim Jorge o que é do Joaquim Jorge, isto é , o real reconhecimento do seu mérito e do seu esforço.

A política é talvez a única profissão para a qual se pensa que não é precisa de preparação."
Stevenson , Robert

Ontem, uma vez mais, ficou provada a preparação magistral, tanto pessoal como profissionalmente, dos convidados a este clube.
Foram 30 minutos de puro deleite e cultura cívica, democrática e de justiça pela voz de Cândida Almeida, Procuradora-Geral Adjunta e Leonor Furtado, Procuradora da República. Não há melhor preparação que esta, vos digo.

"Nada mais assustador que a ignorância em acção."
Goethe , Johann

Por fim, uma referência ao Clube dos Pensadores, um sítio onde se luta pela erradicação da ignorância cívica e participativa, e  se promove o diálogo e a evolução de todos os que se dispõem a preocupar-se com o futuro deste que é o nosso Portugal, passado, e presente.

Ao Joaquim Jorge, ao Clube dos Pensadores, o meu obrigado.

Diogo Trindade

FCPorto - O futebol e o resto.

FCPorto - Tricampeão
Mais que o tricampeonato, mais que o clubismo, um farol na escuridão que ainda separa o Norte do resto do país.

Quem me conhece sabe que não sou clubista, gosto do jogo pelo jogo e tenho pouca paciência para as pálas de alguns adeptos.
Mas quem me conhece também sabe que sou bairrista,  regionalista e nortenho. E para mim, é o FCP um farol, uma lança, um espinho no abandono que o resto do país liderado por uma Lisboa mais regionalista que eu.

Andebol, Hóquei em Patins, Futebol, e tudo a ferro e fogo do Norte.

Parabéns Porto, parabéns FCPorto.

Maroc Challenge 2013

http://marocchallenge.net/

Esta é a minha última paixão, e o meu mais recente objectivo.
Conheci este evento há cerca de semana e meia e, ficou-me marcada no cérebro como um ferro em brasa.

Sempre fui um adepto terreno do Paris-Dakar na sua forma mais simples de desporto, partilha, amizade, companheirismo e superação. No entanto, e dada a profissionalização seguida, a maior parte destes valores foi morrendo, subindo só os valores das inscrições e participações.

Sendo um raid low cost,  fez-me aceitá-lo como exequivel,  e fascinante.

Primeiro ponto para o qual preciso de ajuda: preciso de uma viatura até €500, anterior a 1995, e se possível robusta, a diesel e de tracção traseira.

Agradeço toda a ajuda, e prometo mais notícias.

A Alemanha da Europa vs PIGS - parte 1

"O recém-criado partido alemão minoritário de eurocéticos defendeu, este sábado, a expulsão da zona euro dos países em crise no Sul da Europa "para o seu bem" e a reintrodução das moedas nacionais na Grécia e "quiçá" em Portugal." in JN, 18 Maio 2013
Parte 1 - A Alemanha da Europa
Ainda que por razões diametralmente opostas às indicadas pelos criadores deste novo partido alemão, o AfD (Alternativa para a Alemanha) vem de encontro a algo que já digo e escrevo há já alguns anos, a Europa não é uma união, é um continente com muitos países, com muitas idades, com muitas identidades que, por mais que alguns eurovendidos tentem, nunca será uma união na sua verdadeira e ampla acepção da palavra.
Por uma questão de honestidade literária devo dizer que, dentro da melhor tradição alemã, só utilizei este pequeno prefácio porque podia, e porque servia os meus interesse no incentivo à protecção de algo muito superior a todos nós, a nossa identidade como país.
Não me interesse grandemente a opinião de um partido de um país que só o é há cerca de oito décadas, e que já deu provas suficientes para que em seu torno fosse escavado um fosso e levantadas cercas electrificadas. Um país que tem na sua gênese a vontade de superioridade impositiva e que se vê não como mais um país da Europa, mas como proprietário de um terreno que aluga a terceiros, nós.
Agora, e uma vez mais de forma unilateral e paternal com que trata todos os outros países, decide retirar alguns países porque não servem mais. Já serviram, foram usados, e agora deitam-se fora. E o pior é que tem razão, nós pusemo-nos a jeito, vendemo-nos em troca de alguns subsídios para deixar de produzir, para sermos porta de entrada de chineses e as suas lojas que eles não queriam ter na Alemanha, mas que dava jeito deixar entrar para agradar ao gigante asiático, para comprarmos submarinos, eletrodomésticos, comida e energia que antes produzíamos. Mas nada disto é de hoje, foi assim o último século todo, e nós voltamos a cair no mesmo erro de os deixar levantar a cabeça acima da nossa.
Na minha opinião a União Europeia nunca poderá funcionar. Razões históricas, razões econômicas, razões culturais e humanas serão sempre um obstáculo a uma união. Ainda que ciente de tudo o que esta minha posição implica, e não estando de acordo com o meio utilizado por este novo partido alemão, o fim a mim parece-me interessante, a nossa saída de uma Europa que se quer alemãe o retorno a uma aldeia menos global, mas mais unida.
Fim da parte 1.

A Alemanha da Europa vs PIGS - parte 2

"Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros."
in "O Triunfo dos Porcos"
Orwell , George

Parte 2 - PIGS

Para aos portugueses menos atentos e que, tendo em conta às barbaridades que hoje e nas últimas décadas acontecem nos dias de futebol e ninguém fala, devem rondar os 80%, PIGS foi a forma simpática, calorosa e, vamos dizer, gráfica e esteticamente exagerada que os países ditos ricos encontraram para nos rotular, assim (P)ortugal + (I)tália + (G)récia + (S)pain (Espanha) é igual a Porcos.

Do fundo do coração que esta associação não me aflige ou apoquenta, prefiro vê-la a luz de um livro que bem podia servir-nos de inspiração e de união e que se chama "O Triunfo dos Porcos", de George Orwell. Este, como outros da bibliografia deste autor inglês, tem o seu quê de profético e inspirador, e seria o mote perfeito para que os países do sul alantico-mediterranico se unissem em torno do inimigo comum. E por comum entendam por ser de todos, ou pela borgecisse que lhe é natural.

Tem vários pontos que são memoráveis. Em primeiro lugar faz-nos esquecer o passado histórico menos "recomendável" de cada porco; Mostra-nos que nem sempre o arrendatário ou patrão é eterno; Confirma-nos que a união dos mais fracos pode ser a maior dor de cabeça dos que se julgam mais e melhores.

Assumam-se as diferenças que os 4 países têm, e utilizemos o que nos une, a semente histórica comum, os séculos de partilha em comum, a partilha genética que nos caracteriza, e lutamos contra o patrão que nos vê, não como PORCOS, mas já mesmo como salsichas.

Fim

39 Anos de Cravos, venha de lá a ferradura.

Faz amanhã 39 anos que Portugal mudou de regime político.

Para o bem ou para o mal, essa data é incontornável, ainda que ultimamente pouco mais signifique do que uma carta-branca para o laxismo, a estupidez e a preguiça que mais tarde ou mais cedo nos levam ao curral qual rebanho sem razão.

Antes de mais esclarecer que, dentro de um conceito puramente intelectual, sou um democrata. Acredito piamente no conceito da Democracia como o governo do povo pelo povo e para o povo. Infelizmente, de conceitos vagos de prática pública, está o inferno e o Mundo cheio.

O meu problema é que a passagem do mito ao rito da democracia, temos de inevitavelmente retirar aos participantes, o poder de pensar, e logo de agir livre e conscientemente. Nenhuma democracia funciona com o povo, e isso vê-se na abstenção galopante a cada momento eleitoral.

Outro problema, é que a democracia implica e incute a preguiça. Ora bem, se tenho lá um caramelo que pense por mim, porque raio me vou chatear. Esta parece ser a ladaínha com que os nossos pequenos e mal utilizados cérebros são formatados, e que concorre paralelamente à ignorância imposta sob a forma de estudos para todos que mencionámos acima.

Existe um terceiro problema. Este conceito actual de democracia implica que durante o hiato entre momentos eleitorais, essa democracia seja substituída por uma mais curriqueira anarquia, para não chamar ditadura. Ora bem, se elegemos, e se corre mal, porque não mudamos, ou mudam por nós os que para isso também foram eleitos.

Podemos também dar como o exemplo a família como pilar de uma sociedade. Mas a família não é, e a meu ver não deve nunca ser, uma democracia. É, acima de tudo, uma ditadura da paternidade, e corre bem.

Amanhã correm 39 anos, tantos como os meus, desde que a democracia chegou a Portugal sob o signo do cravo. Pois, mas é como diz o Povo na sua infinita (mas muito pouco utilizada, muitas vezes calada e abafada, e geralmente manipulada) sabedoria: “uma no cravo, outra na ferradura.”

Mal sabiam os moços de estrebaria que este dito teria tão mais efeito e impacto nos últimos 39 anos.

Não, não procuro uma ditadura de novo, mas sei que o que temos só lhe é diferente por uma questão de maquilhagem, e sei o que quero. Chamemos-lhe o que quiserem, mas repensemos o regime em utilização, porque está claro que não resulta.

Mas sim, isso é verdade, estes 39 anos deram para que possa escrever isto sem medo de consequências e represálias, e isso é bom. Mas melhor, melhor, vai ser o dia em que eu puder ficar calado.

Boa comemoração da Revolução dos Cravos do 25 de Abril, e viva Portugal.

 

Miguel Relvas, o nosso futuro filho pródigo?



Notícia de última hora, a demissão do nosso Miguel Relvas.
Pergunta quase imediata, para quando um programa de televisão?
Ainda não deu para ouvir todas as criticas, considerações e todo o restante género de comentários relativos a esta demissão, o que torna esta a explanação mais pura (dentro do que me é possível considerar como pura) que me é dada fazer.

Miguel Relvas demitiu-se? Porque não tem curso como todos sabemos, e por isso podemos achar que nos mentiu e isso, ai Deus meu, seria uma afronta. Sim, porque senhores como estes não mentem ao eleitorado. São quase tão puros como estas minhas palavras.............ou???

Ou... será que é porque existe um comprovativo que ele nos mentiu, e aí voltamos à frase anterior, e que o colega da educação resolveu esconder o caso e aí devia ser demitido por ter obrigado o puro ministro Relvas a demitir-se:

Ou, e esta é provavelmente a pergunta que se impõe, o ministro Relvas se demitiu porque, como todos os ratos (e perdoem-me os seus defensores e todos os defensores da vida animal por excelência) também este rato sabe quando é hora de fugir do barco? 

Eu sei, em Portugal não há memória de um ministro abandonar o governo, ou demitir-se, por receio de linchamento público, até porque este como se sabe, de linchamento só tem o nome, algumas fotos e muitos comentários e likes, e normalmente acaba num ordenado milionário (mais a pensão) num dos nossos destacados canais de televisão que só prestam serviço publico a estes comentadores.
Uma vez mais vos digo, esperemos por cenas dos próximos capítulos porque esta, como todas as boas novelas e folhetins sul-americanos, terá continuação, e normalmente com algo ainda mais escabroso. 

Nota do Autor: vejam para lá do quadrado.................

Selecção Musical DFT - Mumford & Sons: I will wait

Selecção Musical DFT - P!nk - Try




"Where there is desire there is gonna be a flame
Where there is a flame someone’s bound to get burned
But just because it burns doesn’t mean you’re gonna die
You gotta get up and try...."

Já sou fã desta rapariga desde o primeiro disco, e continua a surpreender-me.
Relativamente a esta música, serviu (sim confesso que sou um dependente de palavras e as músicas quando me dizem dizem muito) para ajudar a dar o passo.

O filho pródigo, versão portuguesa.


"O Filho Pródigo é talvez a mais conhecida das parábolas de Jesus, apesar de aparecer apenas em um dos evangelhos canônicos. De acordo com Lucas 15:11-32, a um filho mais novo é dada a sua herança. Depois de perder sua fortuna (a palavra "pródigo" significa "desperdiçador, extravagante"), o filho volta para casa e se arrepende."

É verdade que estamos na Páscoa, mas esta não é uma exposição de cariz religioso. Não, este é o texto possível neste momento sobre a volta do nosso filho pródigo mais mediático, José Sócrates.

Se dúvidas houvesse, e a par com o António Costa e o Paulo Portas, este é um dos últimos políticos Portugueses. E sim, política é uma arte, uma ciência, comparável para mim a um jogo de xadrez, e só interessante quando jogado em toda a sua amplitude.

Voltando ao assunto principal, a reportagem teve, como tudo na vida, duas faces. Começo pela mais simples, porque trapalhona, mal preparada, sem o respeito básico e salutar por um adversário, e como sendo favas contadas. De todos os jornalistas possíveis, estes dois surpreenderam pela negativa, ao ponto de tornarem uma entrevista importante num martírio de hora e meia, que mais parecia um jogo de futebol em que todos se atiram para o chão à procura da falta. Em suma, uma boa oportunidade desperdiçada.

Segunda face da moeda, o entrevistado que, goste-se ou não, esteve no seu melhor. Independentemente de todas as críticas e culpas, José Sócrates conseguiu em hora e meia o que mais ninguém conseguiu nestes dois anos. Ajudou a matar um Presidente que de presidente tem pouco, um Primeiro-ministro que está perdido, e um partido de oposição que, mesmo sendo o dele, precisa de uma mudança urgente. Em suma, um bom momento de política pura que, convém não esquecer, muitas vezes serve para esconder as duras realidades da vida real.

Esperemos os próximos capítulos desta nova novela.

Muda de vida, Diogo.


Muda de vida, Diogo, vinha dizendo de mim para mim nos últimos anos mas, a maior parte das vezes é mais fácil dizê-lo do que fazê-lo. Mas, e parafraseando o Rodrigo Guedes de Carvalho, se fosse fácil não seria para nós.

No início de 2013, e talvez pelo significado oculto do número ou porque conseguimos sobreviver ao anunciado fim do mundo, armei-me de coragem e concretize o que vinha asiando e adiando. O passado foi bom, deu cultura e conhecimentos, fez-me crescer como pessoa e profissional, mas limitava-me os vôos. Não vôos, mas navegações, ou não tivesse mudado de vida para uma Trading, em português, uma empresa de comércio internacional.

Primeiro passo, o escritório, segundo passo, a imagem. Se o escritório foi uma realidade tornada viva pelo apoio de familiares, amigos e o BNI Douro, a imagem teve a colaboração especial da Essência do Traço. Dificilmente alguém criaria um logotipo mais adequado não só a mim, como ao fim último desta empresa.

Sou assumidamente Português e amante da nossa história, passada e presente, e um defensor da portugalidade, e esta nova casa e a nova imagem traduzem aquilo que sou. Um amante do mundo, das pessoas, e de toda uma herança que é de todos nós. Daí o lema, parafraseando Fernando Pessoa, "...para seres grande, sê inteiro.."

Estamos no Campo 24 de Agosto, estamos no Porto, em Portugal, e no Mundo.