Ver também: TEXTO PUBLICADO PELO JOÃO PAULO BESSA (200/1957)
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Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
10 de Junho de 2013 - Dia de Portugal
Faz 870 anos que nasceu, de um plano muito bem gizado e estruturado, um pequeno país que se fez mundo.
Hoje, 870 anos depois, o 10 de Junho só tem significado se lembrarmos a história, sem vergonhas, sem tabus, sem medos.
Somos um país de reis, de cavaleiros, de religiões, de fronteiras e de guerras.
Somos um país de parcerias e descobertas, de riquezas e pobreza extremas.
Somos um país de inovação, de desafio, de procura.
Somos um país de escravos e esclavagistas, de colónias e colonizados.
Somos um país de tecnologia de ponta e material intergalatico.
Somos o único país com 18 regiões ricas em património natural, cultural e histórico, no mundo.
Somos, no melhor e no pior, os melhores, não tenhamos vergonha disso.
Disseram-me em tempos que parecia ser muito mais novo do que sou, pelo forma como escrevo e penso o que penso. Nunca percebi se era um elogio se uma crítica à minha real e assumida paixão por Portugal e pela sua defesa contra todos os vendidos e vendilhões.
Eu não vivo na história, mas por viver A história, proponho que mudemos o verbo quando nos referirmos a Portugal.
Vamos substituir o FOMOS por SOMOS, e somos tudo aquilo que sempre fomos e muito mais.
Somos um país que criou a História.
E um país com 870 anos só se verga por estupidez e ignorância de quem o governa em nome de tudo, menos do país.
Somos grandes, só temos de nos lembrar disso.
Bom dia de/para Portugal.
Diogo Trindade
Ver "Travis - Why Does It Always Rain On Me" no YouTube
" A Chuva e o Sr. Ministro"
Era uma vez um ministro, de seu nome Vitor Gaspar,
Que da chuva tinha medo, e não sabia orçamentar.
Pertencia a um governo, que se fartava de abusar,
austeridade, troika e défice, e o que mais conseguiam pensar.
Mas a culpa é da chuva! Diziam no seu tom parlamentar,
aos colegas de profissão que, quais pêgas, só queriam berlaitar.
Berlaitavam com o povo que, parece-me hoje, preferia ignorar,
E berlaitavam com os ricos, foi um tremendo abusar.
Mas um dia chegou, e esses dias sempre chegaram
Em que o ministro, as pegas e todos os que abusaram,
Foram levados na enxurrada.
Foi um dia magnífico, de chuva e trovões que ribombaram.
Um dia de bíblica renovação, como os textos anunciaram,
o dia em que acabou a berlaitada.
Diogo filho de José
Apresentação do livro "Pensamentos"
Foi ontem à noite a apresentação do novo livro de Joaquim Jorge, criador, mentor e impulsionador daquela que é, à data, a mais aberta e livre plataforma de análise da cidadania e que dá pelo nome de Clube dos Pensadores.
Da noite de ontem há três referências que sinto serem necessárias perpetuar em escrita.
"Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.»
(Mateus 22:21)
Porque temos o péssimo hábito de recordar efusiva e na maioria das vezes algo exageradamente a vida e obra de recém defuntos, deixo aqui a minha homenagem a Joaquim Jorge, um ser vivo, vivente, e impulsionador e mentor da vida da nossa sociedade.
Um homem que dedica grande parte do seu tempo, família e cultura a promover o que muitos, da política à comunicação social, tentam manter abafada e em banho-maria, a cidadania e a real, informada e capaz interação governo-governados.
Um homem que criou a única plataforma de análise política interativa apartidária, independente e imparcial, e onde tanto os convidados como espectadores estão em plano de igualdade.
Um homem que promove a partilha de ideias de todas as atitudes políticas para que, no melhor método socrático, cada um possa escolher certo da sua escolha.
Demos por isso a César o que é de César, e ao Joaquim Jorge o que é do Joaquim Jorge, isto é , o real reconhecimento do seu mérito e do seu esforço.
A política é talvez a única profissão para a qual se pensa que não é precisa de preparação."
Stevenson , Robert
Ontem, uma vez mais, ficou provada a preparação magistral, tanto pessoal como profissionalmente, dos convidados a este clube.
Foram 30 minutos de puro deleite e cultura cívica, democrática e de justiça pela voz de Cândida Almeida, Procuradora-Geral Adjunta e Leonor Furtado, Procuradora da República. Não há melhor preparação que esta, vos digo.
"Nada mais assustador que a ignorância em acção."
Goethe , Johann
Por fim, uma referência ao Clube dos Pensadores, um sítio onde se luta pela erradicação da ignorância cívica e participativa, e se promove o diálogo e a evolução de todos os que se dispõem a preocupar-se com o futuro deste que é o nosso Portugal, passado, e presente.
Ao Joaquim Jorge, ao Clube dos Pensadores, o meu obrigado.
Diogo Trindade
FCPorto - Tricampeão
Mais que o tricampeonato, mais que o clubismo, um farol na escuridão que ainda separa o Norte do resto do país.
Quem me conhece sabe que não sou clubista, gosto do jogo pelo jogo e tenho pouca paciência para as pálas de alguns adeptos.
Mas quem me conhece também sabe que sou bairrista, regionalista e nortenho. E para mim, é o FCP um farol, uma lança, um espinho no abandono que o resto do país liderado por uma Lisboa mais regionalista que eu.
Andebol, Hóquei em Patins, Futebol, e tudo a ferro e fogo do Norte.
Parabéns Porto, parabéns FCPorto.
http://marocchallenge.net/
Esta é a minha última paixão, e o meu mais recente objectivo.
Conheci este evento há cerca de semana e meia e, ficou-me marcada no cérebro como um ferro em brasa.
Sempre fui um adepto terreno do Paris-Dakar na sua forma mais simples de desporto, partilha, amizade, companheirismo e superação. No entanto, e dada a profissionalização seguida, a maior parte destes valores foi morrendo, subindo só os valores das inscrições e participações.
Sendo um raid low cost, fez-me aceitá-lo como exequivel, e fascinante.
Primeiro ponto para o qual preciso de ajuda: preciso de uma viatura até €500, anterior a 1995, e se possível robusta, a diesel e de tracção traseira.
Agradeço toda a ajuda, e prometo mais notícias.
"Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros."
in "O Triunfo dos Porcos"
Orwell , George
Parte 2 - PIGS
Para aos portugueses menos atentos e que, tendo em conta às barbaridades que hoje e nas últimas décadas acontecem nos dias de futebol e ninguém fala, devem rondar os 80%, PIGS foi a forma simpática, calorosa e, vamos dizer, gráfica e esteticamente exagerada que os países ditos ricos encontraram para nos rotular, assim (P)ortugal + (I)tália + (G)récia + (S)pain (Espanha) é igual a Porcos.
Do fundo do coração que esta associação não me aflige ou apoquenta, prefiro vê-la a luz de um livro que bem podia servir-nos de inspiração e de união e que se chama "O Triunfo dos Porcos", de George Orwell. Este, como outros da bibliografia deste autor inglês, tem o seu quê de profético e inspirador, e seria o mote perfeito para que os países do sul alantico-mediterranico se unissem em torno do inimigo comum. E por comum entendam por ser de todos, ou pela borgecisse que lhe é natural.
Tem vários pontos que são memoráveis. Em primeiro lugar faz-nos esquecer o passado histórico menos "recomendável" de cada porco; Mostra-nos que nem sempre o arrendatário ou patrão é eterno; Confirma-nos que a união dos mais fracos pode ser a maior dor de cabeça dos que se julgam mais e melhores.
Assumam-se as diferenças que os 4 países têm, e utilizemos o que nos une, a semente histórica comum, os séculos de partilha em comum, a partilha genética que nos caracteriza, e lutamos contra o patrão que nos vê, não como PORCOS, mas já mesmo como salsichas.
Fim
Faz amanhã 39 anos que Portugal mudou de regime político.
Para o bem ou para o mal, essa data é incontornável, ainda que ultimamente pouco mais signifique do que uma carta-branca para o laxismo, a estupidez e a preguiça que mais tarde ou mais cedo nos levam ao curral qual rebanho sem razão.
Antes de mais esclarecer que, dentro de um conceito puramente intelectual, sou um democrata. Acredito piamente no conceito da Democracia como o governo do povo pelo povo e para o povo. Infelizmente, de conceitos vagos de prática pública, está o inferno e o Mundo cheio.
O meu problema é que a passagem do mito ao rito da democracia, temos de inevitavelmente retirar aos participantes, o poder de pensar, e logo de agir livre e conscientemente. Nenhuma democracia funciona com o povo, e isso vê-se na abstenção galopante a cada momento eleitoral.
Outro problema, é que a democracia implica e incute a preguiça. Ora bem, se tenho lá um caramelo que pense por mim, porque raio me vou chatear. Esta parece ser a ladaínha com que os nossos pequenos e mal utilizados cérebros são formatados, e que concorre paralelamente à ignorância imposta sob a forma de estudos para todos que mencionámos acima.
Existe um terceiro problema. Este conceito actual de democracia implica que durante o hiato entre momentos eleitorais, essa democracia seja substituída por uma mais curriqueira anarquia, para não chamar ditadura. Ora bem, se elegemos, e se corre mal, porque não mudamos, ou mudam por nós os que para isso também foram eleitos.
Podemos também dar como o exemplo a família como pilar de uma sociedade. Mas a família não é, e a meu ver não deve nunca ser, uma democracia. É, acima de tudo, uma ditadura da paternidade, e corre bem.
Amanhã correm 39 anos, tantos como os meus, desde que a democracia chegou a Portugal sob o signo do cravo. Pois, mas é como diz o Povo na sua infinita (mas muito pouco utilizada, muitas vezes calada e abafada, e geralmente manipulada) sabedoria: “uma no cravo, outra na ferradura.”
Mal sabiam os moços de estrebaria que este dito teria tão mais efeito e impacto nos últimos 39 anos.
Não, não procuro uma ditadura de novo, mas sei que o que temos só lhe é diferente por uma questão de maquilhagem, e sei o que quero. Chamemos-lhe o que quiserem, mas repensemos o regime em utilização, porque está claro que não resulta.
Mas sim, isso é verdade, estes 39 anos deram para que possa escrever isto sem medo de consequências e represálias, e isso é bom. Mas melhor, melhor, vai ser o dia em que eu puder ficar calado.
Boa comemoração da Revolução dos Cravos do 25 de Abril, e viva Portugal.
"O Filho Pródigo é talvez a mais conhecida das parábolas de Jesus, apesar de aparecer apenas em um dos evangelhos canônicos. De acordo com Lucas 15:11-32, a um filho mais novo é dada a sua herança. Depois de perder sua fortuna (a palavra "pródigo" significa "desperdiçador, extravagante"), o filho volta para casa e se arrepende."
É verdade que estamos na Páscoa, mas esta não é uma exposição de cariz religioso. Não, este é o texto possível neste momento sobre a volta do nosso filho pródigo mais mediático, José Sócrates.
Se dúvidas houvesse, e a par com o António Costa e o Paulo Portas, este é um dos últimos políticos Portugueses. E sim, política é uma arte, uma ciência, comparável para mim a um jogo de xadrez, e só interessante quando jogado em toda a sua amplitude.
Voltando ao assunto principal, a reportagem teve, como tudo na vida, duas faces. Começo pela mais simples, porque trapalhona, mal preparada, sem o respeito básico e salutar por um adversário, e como sendo favas contadas. De todos os jornalistas possíveis, estes dois surpreenderam pela negativa, ao ponto de tornarem uma entrevista importante num martírio de hora e meia, que mais parecia um jogo de futebol em que todos se atiram para o chão à procura da falta. Em suma, uma boa oportunidade desperdiçada.
Segunda face da moeda, o entrevistado que, goste-se ou não, esteve no seu melhor. Independentemente de todas as críticas e culpas, José Sócrates conseguiu em hora e meia o que mais ninguém conseguiu nestes dois anos. Ajudou a matar um Presidente que de presidente tem pouco, um Primeiro-ministro que está perdido, e um partido de oposição que, mesmo sendo o dele, precisa de uma mudança urgente. Em suma, um bom momento de política pura que, convém não esquecer, muitas vezes serve para esconder as duras realidades da vida real.
Esperemos os próximos capítulos desta nova novela.
Muda de vida, Diogo, vinha dizendo de mim para mim nos últimos anos mas, a maior parte das vezes é mais fácil dizê-lo do que fazê-lo. Mas, e parafraseando o Rodrigo Guedes de Carvalho, se fosse fácil não seria para nós.
No início de 2013, e talvez pelo significado oculto do número ou porque conseguimos sobreviver ao anunciado fim do mundo, armei-me de coragem e concretize o que vinha asiando e adiando. O passado foi bom, deu cultura e conhecimentos, fez-me crescer como pessoa e profissional, mas limitava-me os vôos. Não vôos, mas navegações, ou não tivesse mudado de vida para uma Trading, em português, uma empresa de comércio internacional.
Primeiro passo, o escritório, segundo passo, a imagem. Se o escritório foi uma realidade tornada viva pelo apoio de familiares, amigos e o BNI Douro, a imagem teve a colaboração especial da Essência do Traço. Dificilmente alguém criaria um logotipo mais adequado não só a mim, como ao fim último desta empresa.
Sou assumidamente Português e amante da nossa história, passada e presente, e um defensor da portugalidade, e esta nova casa e a nova imagem traduzem aquilo que sou. Um amante do mundo, das pessoas, e de toda uma herança que é de todos nós. Daí o lema, parafraseando Fernando Pessoa, "...para seres grande, sê inteiro.."
Estamos no Campo 24 de Agosto, estamos no Porto, em Portugal, e no Mundo.