FCPorto - O futebol e o resto.

FCPorto - Tricampeão
Mais que o tricampeonato, mais que o clubismo, um farol na escuridão que ainda separa o Norte do resto do país.

Quem me conhece sabe que não sou clubista, gosto do jogo pelo jogo e tenho pouca paciência para as pálas de alguns adeptos.
Mas quem me conhece também sabe que sou bairrista,  regionalista e nortenho. E para mim, é o FCP um farol, uma lança, um espinho no abandono que o resto do país liderado por uma Lisboa mais regionalista que eu.

Andebol, Hóquei em Patins, Futebol, e tudo a ferro e fogo do Norte.

Parabéns Porto, parabéns FCPorto.

Maroc Challenge 2013

http://marocchallenge.net/

Esta é a minha última paixão, e o meu mais recente objectivo.
Conheci este evento há cerca de semana e meia e, ficou-me marcada no cérebro como um ferro em brasa.

Sempre fui um adepto terreno do Paris-Dakar na sua forma mais simples de desporto, partilha, amizade, companheirismo e superação. No entanto, e dada a profissionalização seguida, a maior parte destes valores foi morrendo, subindo só os valores das inscrições e participações.

Sendo um raid low cost,  fez-me aceitá-lo como exequivel,  e fascinante.

Primeiro ponto para o qual preciso de ajuda: preciso de uma viatura até €500, anterior a 1995, e se possível robusta, a diesel e de tracção traseira.

Agradeço toda a ajuda, e prometo mais notícias.

A Alemanha da Europa vs PIGS - parte 1

"O recém-criado partido alemão minoritário de eurocéticos defendeu, este sábado, a expulsão da zona euro dos países em crise no Sul da Europa "para o seu bem" e a reintrodução das moedas nacionais na Grécia e "quiçá" em Portugal." in JN, 18 Maio 2013
Parte 1 - A Alemanha da Europa
Ainda que por razões diametralmente opostas às indicadas pelos criadores deste novo partido alemão, o AfD (Alternativa para a Alemanha) vem de encontro a algo que já digo e escrevo há já alguns anos, a Europa não é uma união, é um continente com muitos países, com muitas idades, com muitas identidades que, por mais que alguns eurovendidos tentem, nunca será uma união na sua verdadeira e ampla acepção da palavra.
Por uma questão de honestidade literária devo dizer que, dentro da melhor tradição alemã, só utilizei este pequeno prefácio porque podia, e porque servia os meus interesse no incentivo à protecção de algo muito superior a todos nós, a nossa identidade como país.
Não me interesse grandemente a opinião de um partido de um país que só o é há cerca de oito décadas, e que já deu provas suficientes para que em seu torno fosse escavado um fosso e levantadas cercas electrificadas. Um país que tem na sua gênese a vontade de superioridade impositiva e que se vê não como mais um país da Europa, mas como proprietário de um terreno que aluga a terceiros, nós.
Agora, e uma vez mais de forma unilateral e paternal com que trata todos os outros países, decide retirar alguns países porque não servem mais. Já serviram, foram usados, e agora deitam-se fora. E o pior é que tem razão, nós pusemo-nos a jeito, vendemo-nos em troca de alguns subsídios para deixar de produzir, para sermos porta de entrada de chineses e as suas lojas que eles não queriam ter na Alemanha, mas que dava jeito deixar entrar para agradar ao gigante asiático, para comprarmos submarinos, eletrodomésticos, comida e energia que antes produzíamos. Mas nada disto é de hoje, foi assim o último século todo, e nós voltamos a cair no mesmo erro de os deixar levantar a cabeça acima da nossa.
Na minha opinião a União Europeia nunca poderá funcionar. Razões históricas, razões econômicas, razões culturais e humanas serão sempre um obstáculo a uma união. Ainda que ciente de tudo o que esta minha posição implica, e não estando de acordo com o meio utilizado por este novo partido alemão, o fim a mim parece-me interessante, a nossa saída de uma Europa que se quer alemãe o retorno a uma aldeia menos global, mas mais unida.
Fim da parte 1.

A Alemanha da Europa vs PIGS - parte 2

"Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros."
in "O Triunfo dos Porcos"
Orwell , George

Parte 2 - PIGS

Para aos portugueses menos atentos e que, tendo em conta às barbaridades que hoje e nas últimas décadas acontecem nos dias de futebol e ninguém fala, devem rondar os 80%, PIGS foi a forma simpática, calorosa e, vamos dizer, gráfica e esteticamente exagerada que os países ditos ricos encontraram para nos rotular, assim (P)ortugal + (I)tália + (G)récia + (S)pain (Espanha) é igual a Porcos.

Do fundo do coração que esta associação não me aflige ou apoquenta, prefiro vê-la a luz de um livro que bem podia servir-nos de inspiração e de união e que se chama "O Triunfo dos Porcos", de George Orwell. Este, como outros da bibliografia deste autor inglês, tem o seu quê de profético e inspirador, e seria o mote perfeito para que os países do sul alantico-mediterranico se unissem em torno do inimigo comum. E por comum entendam por ser de todos, ou pela borgecisse que lhe é natural.

Tem vários pontos que são memoráveis. Em primeiro lugar faz-nos esquecer o passado histórico menos "recomendável" de cada porco; Mostra-nos que nem sempre o arrendatário ou patrão é eterno; Confirma-nos que a união dos mais fracos pode ser a maior dor de cabeça dos que se julgam mais e melhores.

Assumam-se as diferenças que os 4 países têm, e utilizemos o que nos une, a semente histórica comum, os séculos de partilha em comum, a partilha genética que nos caracteriza, e lutamos contra o patrão que nos vê, não como PORCOS, mas já mesmo como salsichas.

Fim