Portugal, Presente e Futuro

Heróis do mar, nobre Povo, 
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo 
O esplendor de Portugal! 

Entre as brumas da memória, 
Ó Pátria, sente-se a voz 
Dos teus egrégios avós, 
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas! 
Sobre a terra, sobre o mar, 
Às armas, às armas! 
Pela Pátria lutar 
Contra os canhões marchar, marchar!

Nestas poucas estrofes está inscrito o ADN do povo português, que mitos vêm tentando manipular, recorrendo por vezes a células estaduais corrompidas e, com toda a certeza, de insurrectos e energumenos menores espécimes das grandes espécies que no seu todo constituem o uno que é o português.

Atentemos no que nos é dito.
Começa por heróis que somos, nobre povo que como todos os grandes se fez grande à custa de muita dor, mas que ao mesmo tempo soube criar laços que ainda hoje perduram, contrariamente a muito boa gente, que por sinal era mencionada neste pequeno hino e que pela nobreza que nos é característica resolvemos substituir por mais vago "contra os canhões marchar" para não ferir susceptibilidades bretãs, que como sabemos são algo sensíveis.

Passa rapidamente e em tom marcial a "Nação valente e imortal".
E não somos?
Que outro país com menos de 800 kms de ponta a ponta fez o que fazemos hoje? Mas ninguem ouve falar em fundações como a Champalimaud, considerada melhor do mundo fora dos EUA (lá está a susceptibilidade bretã).

Mas entre todas as estrofes está aquela que me parece mais importante: "Ó Pátria, sente-se a voz dos teus egrégios avós.". Nesta está a resposta para o panorama que vivemos hoje.
Ouçamos o que 900 anos de história nós dizem, pensemos no passado não com o peso da responsabilidade do que fomos perdendo, mas com a impetuosidade e visão que fizeram de nós a primeira nação mundial digna desse nome.

É altura de deixarmos de ter vergonha do que somos, ou mesmo do que fomos como nação colonizadora,  e passemos a pensar no que ainda nos falta conquistar e como lá chegar.