Eu, Diogo Trindade....

Eu, Diogo Trindade, ou o caramelo da cruz no braço.

São Várias vezes me perguntam porque tenho estampado nas minhas camisas brancas uma cruz “templária”, e mesmo quando não verbalizam, vislumbra-se no olhar um de três comentários:
1º - Whatiiiii?????? / 2º - Este gajo é parvo. / 3º - Coitadinho é disainér.

A verdade é que posso responder de diversas formas e, com todo o respeito, em função de cada um dos meus interlocutores.
A primeira é simples, é um devaneio de criador. Sendo designer de vestuário, e sendo um amante de história em geral, e da portuguesa em partícula, estas imagens não são mais que uma colecção de moda, se assim o podemos chamar.
A segunda, e mais profunda e reservada para um interlocutor mais perspicaz, é que esta imagem, ao contrário do que possa parecer, nada tem a ver com uma religiosidade exacerbada, ou um cristianismo pujante. Tem antes a ver com um conceito de união intelectual que engloba não uma mas todas as religiões, não um mas todos os conhecimentos científicos, não um mas todos os grupos de visam a evolução do Homem como um ser de capacidades ainda desconhecidas.
A terceira por fim, e em parte resultante das duas anteriores, é que esta é a minha forma de demonstrar a minha “tuguice”.
Sou um português convicto, um patriota apaixonado e um admirador confesso do resultado de 900 anos de história e que se condensou numa palavra, desenrascanço. Sou o resultado de dezenas de povos, sangues, histórias, religiões, credos, cores, raças e etnias, e que todas respeito e aceito.
Sou o mestiço que Deus deixou ao Português para criar, sou um povo que marcha contra bretões e canhões, sou um povo que quer o mar que é nosso, e sou o povo que se junta, que se agrupa, que se une em torno das dificuldades e das alegrias.
Estas camisas significam para mim tudo isso, e tudo isso é Portugal.